Ainda sinto na boca o gosto do beijo dos meus antigos amantes. Um gosto que revive cada vez que vejo fotos ou tenho pequenas lembranças.
Ainda sinto no corpo o toque deles, o jeito que meu corpo vibrava com cada olhar, cada excitação.
Não me recordo de amor mas da sensação de medo do novo e do êxtase das aventuras “proibidas”. Foram meus primeiros...
E como foram os primeiros a me amar, foram os primeiros a me machucar...Não porque destruíram um sentimento mas por ferirem meu ego, por me mostrarem que eles não eram meus. Que não podia manipulá-los com mentiras.
(Como sempre fiz...)
Tenho mania de fingir amar, de mentir fidelidade, esboçar confiança fajuta.
Sei mentir bem e foi isso que matou o amor dos meus amantes. No fundo eles sabiam que não era verdadeira. Mas até nós mentimos para nós mesmos.
(Eu que o diga...)
Eu perdi eles e é isso que me magoa. Eu perdi.
Se mentisse melhor teria durado....Infeliz mas teria durado.
Sim. Eu falo “eu te amo” sem saber o que é, sem medir consequências. Sei que sou possessiva, falsa e que ninguém que convive comigo sabe ou reconhece pois sei chorar por coisas que não aconteceram ou que não sinto.
Machuca ser fria.
Machuca pois em nenhum momento me sinto em uma relação verdadeira.
Os desejos, os gostos, a saudade do jeito que eles me possuíam era a única coisa real. Mas não era amor.
Tenho certeza que amor é outra coisa bem maior mas não puro desejo carnal. Esta é só uma parte do todo.
Se chorei verdadeiramente em todos os momentos das separações foi de raiva por ter perdido, de magoa por ser trocada.
Prazer essa sou eu. Não quero machucar ninguém de propósito mas é quase natural.
Mas prometo que se entrar em um relacionamento comigo os primeiros meses serão lindos, os últimos os piores...
E quando me deixar se sentirá novamente um ser humano.
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